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São estas as boas notícias. Partilhamos em simultâneo tempos desafiantes, onde o nosso engenho e força são constantemente postos a prova.
Já não temos vidas pré concebidas. Acabou-se a vida aos pacotes. Um pacote com casamento incluído, outro com filhos, sem filhos, um pacote de vida bem sucedida economicamente, etc. Agora a vida é uma constante necessidade de integração profissional às circunstâncias voláteis a que nos conduz a equação dos tempos e valores, e onde a felicidade tem pouca expressão, porque não tem leitura contabilística.
Somos todos heróis como mulheres, homens, mães, profissionais, filhos e amigos. Apesar de gerirmos o tempo a mil, conseguimos ainda arranjar tempo para aprender, cuidar dos outros, aconselhar, amar, cuidar de nós, responder aos e-mails e ser escravos do fiel amigo – o telemóvel. Vamos enchendo o nosso facebook de frações de vida que armazenamos no espaço sideral e num cantinho do nosso coração.
Somos todos resistentes às notícias, ao medo, à solidão. Conseguimos fazer bailes em tempo de guerra e semear flores num campo de batalha. Levamos a paz e o amor no coração, nos passeios de domingo, nas idas ao supermercado e a cada dia que acordamos dispostos a viver com toda a nossa força.
Não devemos deixar que a vida tome conta de nós e nos transforme em autómatos, numa simples peça de um puzzle de números. Devemos tentar viver a vida intensamente e procurar dar-lhe um sentido, para que a nossa existência deixe uma marca: a marca da nossa alma.
Fotos: Paulo Roberto Cabelos, Make Up e Styling: Vasco Correia Pós-Produção de Imagem: Rui Moura