A voz das vozes. A voz da angustia, da amargura da melancolia, da fanfarra e da alegria deixou-nos há 53 anos. Edith Piaf foi e será uma das vozes mais tocantes de todos os tempos. A pobreza na infância, a sua vida amarga e a partida e morte dos seus grandes amores, fizeram desta voz uma das mais apaixonantes de sempre, pois transmite toda a emoção e toca profundamente o coração dos muitos que a escutaram e escutam. Muitas das canções contam histórias que viveu, sentimentos que vivenciou e lágrimas que chorou. Quando a escutamos, sentimos a profunda verdade de uma alma que se desnuda à nossa frente e cuja profundeza e emotividade nos faz arrepiar. La Vie en Rose, Je Ne Regrette Rien, L’hymne à L’amour e Milord são alguns dos temas mais emblemáticos desta pequena grande mulher e que hoje são verdadeiros hinos. Aqui fica a minha homenagem e a de todos os elementos do”Bonsoir Paris”, projeto que evoca, entre outros, alguns dos seus temas mais marcantes.
Lançamos hoje oficialmente o CD do projeto Mila Ferreira “Bonsoir Paris” – O charme e a Emoção da Canção Francesa. Depois de muita dedicação da nossa parte (João Barradas, Marcos Lázaro, Rui Moura e eu) e da Blim Records, aqui está o CD que inclui algumas das canções mais emblemáticas da música francesa e que fazem parte do reportório do nosso concerto. Com este CD pretendemos evocar estes grandes temas e homenagear estes grandes cantores e compositores, prestando o nosso tributo, à nossa maneira, com toda alma, respeito e emoção. Espero que gostem do nosso trabalho e que aqueles que tanto queriam um CD, após o concerto, o possam finalmente adquirir. Bonsoir Paris, agora em CD!
OBRIGADO… Blim Records – Ricardo Ferreira e Miguel Ferrador pelo profissionalismo, dedicação e amizade. Isolde Schmidt – pela amizade e pelas muitas horas de carinho e dedicação ao projeto. Antena 1 – (Ricardo Soares e António Macedo) por acreditarem em nós e pelo apoio.
Fotógrafos – Paulo Roberto, Uli Schmidt, Rita Vargas, Rui Gonçalves, José Dantas e João Parreira, pelas brilhantes fotos. Alzira Agostinho – pelo grande apoio e amizade. Uriel Pereira e José Martinho – pelo vosso contributo para a divulgação do projeto. Obrigada Vasco Correia pelo visual!
Ao público que tanto nos tem acarinhado e que nos conduziu à realização deste CD.
Piaf faria 100 anos. Paris não ficou indiferente e celebrou a vida desta pequena, grande mulher, que mudou o mundo com a sua voz pura, cristalina e profunda. A pobreza em que nasceu, viveu e o facto de ter começado a cantar nas ruas, fez dela uma intérprete única. Cantava com o coração, tinha a amargura espelhada na voz, expressando-se de uma forma que só conhece quem já sentiu a dor profunda da alma. Fui convidada para estar presente nas cerimónias de celebração que se realizaram dia 19, mas, infelizmente, não pude comparecer. Os meus queridos amigos Isolde e Uli Schmidt (fotógrafo) da Associação Edith Piaf, em Paris, ofereceram-me, pelo Natal, um dos presentes com mais significado: as fotos das celebrações que agora partilho convosco.
Igreja St. Jean Baptiste de Belleville onde Piaf foi batizada.
Missa
Documento do batismo de Piaf
Estiveram presentes entre muitos, Bernard Marchois (diretor do Museu Edith Piaf e secretário geral da fundação “Les amis d’Edith Piaf”). Em destaque, da esquerda para a direita, Catherine Lamboukas, Christie Lamboukas (as irmãs do Theo Sarapo, segundo marido de Edith Piaf), Doris Contet (esposa de Henri Contet que escreveu muitos letras para Edith, p.ex. “Bravo pour le Clown”) e Germaine Ricord (cantora amiga de Edith).
Da esquerda para a direita: Bernard Miller (cantor francês), Anne Peko (cantora francesa), Chantal Câlin (cantora belga), Jacqueline Boyer (cantora francesa) e Cassita (cantora francesa que faz parte da equipa no cabaret “Au Lapin Agile”)
Na capela de batismo junto a St. Thérèse a Santa da devoção de Piaf e que lhe devolveu a visão.
Theo Sarapo, último amor de Piaf, faria 80 anos em Janeiro de 2016. A missa realizou-se também por ele.
Marcel Cerdan junior (filho de Marcel Cerdan, o grande amor de Edith que morreu num acidente de aviação)
A Warner Music fez um novo CD e disco com 40 canções, para assinalar o centenário de nascimento de Piaf. Na foto, a capa do CD e as flores oferecidas pela editora.
Jacqueline Boyer cantou “L’hymne à l’amour” (Jacqueline é a filha de Lucienne Boyer e Jacques Pills; J. Pills foi o primeiro marido de Piaf que antes fora casado com Lucienne Boyer)